domingo, setembro 24, 2006

O teatro Centenário

" Já neste século XX, aproximando-se o sentenário da nossa independência, que seria comemorada com grandes festas em todo o país, levantou-se a idéia da construção de um verdadeiro teatro, pois "o pardieiro estreito, sem luz, sem acústica, desasseado, mais um arremedo do que um teatro" não estava à altura da cidade. Constituiu-se então a Sociedade Evolutiva da Lavoura, cujo presidente era Durval Públio de Castro, de todos, o mais intusiasta e com toda energia se começou a campanha.
Os partido políticos se uniram na idéia grandiosa, pois a obra seria inteiramente particular, não se contavam com verbas governamentais.
Escolheu-se o local do 2 de julho, que foi demolido, tendo a municipalidade cedido o terreno. Na sua construção, iniciada em 1917, gastou-se a soma de 43:000$000 (quarenta e três contos de réis), tudo de donativo, renda de espetáculos e de quermesses. O projeto foi de autoria de João Gumes; imaginação não teve limites; pensando no acanhamento e pequenez das casas anteriores, foi projetado um teatro imenso, de autura descomunal, ao jeito dos teatros clássicos; teria duas ordens de camarotes, palco, camarins, tudo amplo.
Inaugurado pelos festejos do 7 de setembro de 1922, nunca chegou a ser terminado.
O velho Teatro Centenário, embora inacabado, era o local de representações; enfeitava a praça com suas elevadas dimensões. Passou a peretencer a prefeitura e funcionou como cine-teatro por muitos anos (...) O madeirame do prédio estava firme, paredes perfeitas, quando começou a ação das goteiras, numa ala lateral. Não se cogitou de reformas, foi demolido na administração do prefeito José Augusto Teixeira Ladeia, 1967 - 1970.
Posteriormente o local estava desocupado, foi doado pela Prefeitura ao Bradesco, na administração Nivaldo Oliveira, 1977 - 1982."

Santos, Helena Lima. Caetité Pequenina e Ilustre - Tribuna do Sertão - 2ª Ed